Escolaridade dos prefeitos de Americana
Americana já foi considerada uma cidade privilegiada no que diz respeito à estrutura educacional ao longo da história. Boa parte dela se deve ao ex-prefeito Waldemar Tebaldi (PDT). Na história recente da cidade, considerando como ponto de partida o final da Ditadura e o início efetivo da democracia, a partir das eleições de 1988, foram sete chefes distintos no comando do Poder Executivo. Destes, cinco efetivamente eleitos para tal e dois apenas exerceram a função de forma precária entre um e outro titular.
De todos eles, quatro possuíam formação superior, ou seja, concluíram o curso de uma universidade. Outros dois possuem certificados de conclusão do ensino médio e o último deles um diploma de “Madureza Colegial”, uma espécie de supletivo que funcionou nas décadas de 60 e 70. As informações constam em documentos entregues à Justiça Eleitoral.
Histórico de médicos e advogados como prefeitos de Americana
Americana por décadas se acostumou a ter na cadeira de prefeito políticos que valorizaram a educação em suas formações. Waldemar Tebaldi (PDT) era médico por formação. Entre o segundo e terceiro mandatos, foi substituído por Frederico Polo Muller (MDB), também formado em Medicina. Herdeiro do quarto mandato de Tebaldi, Erich Hetzl Júnior (PDT) é formado em Direito. A mesma formação de Diego De Nadai (PTB).
A saída de Diego, com mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciou um processo de trocas sucessivas de comando que levaram à cadeira de prefeito dois vereadores na condição de presidentes da Câmara Municipal.
O primeiro deles foi Paulo Sérgio Vieira Neves (PSC), o Paulo Chocolate, que em 2011 chegou a ser acusado por um conselheiro tutelar de falsificar seu diploma de ensino médio, obtido em 15 de agosto de 2000 pelo Centro Educacional Alfa, da cidade de Caarapó, no Mato Grosso do Sul.
Pedro Peol (PV), que comandou a cidade por uma semana, tem o diploma de conclusão do ensino médio pelo método supletivo por instituição de Americana.
Pouco tempo dedicado aos estudos
O atual prefeito, Omar Najar (MDB), foi quem menos tempo dedicou aos estudos. Segundo os documentos, não cumpriu o rito normal de frequência de um estudante do antigo Ginásio (atual 6º ao 9º ano do ensino fundamental) e do Colegial (atual ensino médio).
Optou pelos exames de Madureza Ginasial e Colegial, que se assemelhavam a uma espécie de Educação para Jovens e Adultos (EJA).