De uma população estimada em 210.638 pessoas em 2010, somente 5,4% possuem o curso superior completo em Americana. O dado faz parte de um relatório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi divulgado com base no cadastro do órgão para as eleições daquele ano. Somada, a quantidade de quem se declara analfabeto ou que apenas sabe ler e escrever chega a ser maior. São 9.203 pessoas, ou seja, 5,5% do total. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao Censo 2010 mostram uma realidade um pouco melhor para os graus mais elevados de ensino, mas é pouco elucidativa quanto a quem não tem nenhuma instrução.
O TSE apontou ainda que 53.768 pessoas disseram ter o ensino fundamental – do primeiro ao nono ano atualmente, ou o equivalente ao ginásio de antigamente – incompleto. Isso corresponde a 32,8% do total. Outros 11%, ou seja, 18.040 americanenses declararam ter concluído essa fase de estudos.
No ensino médio há uma espécie de “empate técnico”. Foram 34.634 pessoas (21,1%) declarando que não concluíram e outras 33.083 (20,1%) afirmando que finalizaram essa etapa do processo educacional. Outros 6.165 eleitores declararam ao TSE que não concluíram o ensino superior. Eles representam 3,7% do todo.
Dados do Censo 2010
O estudo do IBGE, feito a partir de amostragem, une algumas categorias. Isso não permite que se consiga esmiuçar os dados tanto quanto o relatório do TSE. De qualquer forma, alguns dados são alarmantes. Entre eles, o fato de que 72.339 pessoas se declararam sem instrução ou possuíam o ensino fundamental incompleto no Censo 2010. Esse montante corresponde a mais de 34%. Quer dizer que um a cada três habitantes da cidade se enquadra nesta condição.
Ainda de acordo com o IBGE, 36.260 pessoas declararam ter o ensino fundamental completo e o médio incompleto (ou seja, pouco mais de 17% do total), enquanto outras 54.306 disseram ter concluído o ensino médio, mas ainda não tinham terminado o curso universitário. Isso representa 25,7%. Outros 612 foram classificados como “não determinados” no estudo, que avaliou um total de 186.763 pessoas com idade superior a dez anos.
O número mais conflitante é o daqueles que se declararam com diploma universitário. Para o IBGE foram 23.246 pessoas, ou seja, algo em torno dos 11%. Como o dado não avalia o todo e nem exige a apresentação de documento que comprove a informação, abre margem para questionamento quanto à sua precisão.
Analisamos os políticos e seu grau de instrução
A partir da próxima semana, o Política das Cidades vai traçar uma análise desses números do TSE e do IBGE com foco nas pessoas responsáveis pelo comando da cidade. Vamos especificar em que grupo estatístico se enquadram os prefeitos das últimas décadas e também os atuais vereadores americanenses.
Você tem ideia de quantos prefeitos tinham o curso superior? Qual o maior patamar de escolaridade que atingiram? E quanto aos vereadores da cidade? Sabe o quanto estudaram antes de assumir a responsabilidade de legislar? A gente vai contar para você. Aguarde.
