A história começa em junho de 2013, quando o médico Humberto Mizael Ribon foi contratado pela Prefeitura, através de concurso público, para exercer a função de plantonista no Hospital Municipal (veja abaixo a Portaria 7.017/13).
Após 2 anos, em julho de 2015, através do protocolo 37.294/2015, o médico decidiu pedir demissão do cargo e foi autorizado pelo prefeito, conforme Portaria 7.918/15.
A partir desse momento, inicia-se supostamente, uma sucessão de irregularidades.
Apesar de Omar Najar (PMDB) ainda não ter quitado as rescisões de trabalho de funcionários demitidos em 2014, o prefeito pagou a rescisão do Dr. Ribon no valor de R$ 100 mil no primeiro semestre de 2016, sem que o médico deixasse de fazer parte da folha de pagamento da Prefeitura Municipal, com a mesma matrícula e cargo, até os dias de hoje.
Ainda em maio de 2016, o Dr. Ribon foi contratado como comissionado para ser Coordenador da FUSAME, e, em março desse ano, foi promovido a Diretor Técnico de Saúde.
Dessa forma, o Dr. Ribon passou a receber salários, simultaneamente, de três fontes da Prefeitura, sendo: médico plantonista da Secretaria de Saúde; comissionado pela FUSAME; e prestador de serviços da Associação Plural, empresa contratada pela Prefeitura para fornecer serviços médicos.
Mesmo após profunda análise dos documentos pelo Política das Cidades, muitas perguntas ficaram sem resposta.
A expectativa agora, é que os vereadores exerçam o papel fiscalizador e solicitem maiores informações do prefeito Omar Najar. Confirmadas as irregularidades, a Câmara deverá abrir uma Comissão de Inquérito para apurar a denúncia.
OMAR PAGOU RESCISÃO DE TRABALHO IRREGULAR A OUTRO COMISSIONADO
No início desse ano já havíamos denunciado outro caso, quando o prefeito pagou a rescisão de trabalho no valor de R$ 54 mil à Alex Niuri (atual secretário de Negócios Jurídicos). Na oportunidade, o advogado tinha assumido pastas diferentes quando a ex-secretária de Saúde, Mirella Povinella foi demitida.
Até o momento nenhuma denúncia ou apuração foi feita pelos atuais vereadores.
Espera-se que com mais esse caso, a Câmara Municipal e a Promotoria Pública, que acompanha a situação da saúde de Americana, possa investigar mais profundamente e, em respeito à população, expor a verdade dos fatos.
