As demissões de 231 servidores concursados em estágio probatório foram iniciadas na sexta (7) pelo prefeito Omar Najar (PMDB).
Desses, 92 servidores são da Educação e foram convocados para trabalharem na Prefeitura pelo próprio Najar em janeiro de 2015. Entre os profissionais estão professores de Educação Básica, pedagogos e professores de creche. A equipe de cozinheiras e auxiliares também será afetada.
A partir de hoje (10), as escolas terão que se adaptar com a ausência dos profissionais. Diretamente, 14 mil alunos e 1,8 mil funcionários da Rede Municipal de Ensino serão negativamente impactados pelas decisões do atual prefeito.
Diante do cenário de caos, cidadãos americanenses a favor ou contrários ao governo serão afetados. O sucateamento da educação municipal, que teve início em 2015 no governo Najar, irá refletir na vida da cidade.
Ainda que o morador não utilize diretamente os serviços públicos e não tenha filhos, netos, sobrinhos, amigos ou vizinhos que frequentam as creches e escolas municipais, em um futuro breve será atingido pelas tragédias sociais decorrentes das decisões da atual administração.
DESIQUILÍBRIO SOCIAL PODE IMPACTAR A CIDADE INTEIRA
O Direito à educação é reconhecido na Constituição Federal de 1988, e é dever do Estado promover a educação fundamental. Ele é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas.
Além da Constituição Federal, existem ainda duas leis que regulamentam e complementam a do direito à Educação: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990; e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996.
Como previsto na Constituição Federal, a educação visa o desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O desiquilíbrio social causado após a suspensão desse direito traz grandes transtornos. Sem acesso à educação de qualidade, a população não consegue qualificação profissional, as perspectivas de emprego diminuem e suas vulnerabilidades à pobreza, à exclusão e à dependência se multiplicam. O aumento da violência é outro fator importante a ser considerado e Americana já encara esses desafios.
A exclusão pela educação cria um abismo social e inibe o surgimento de um cidadão com uma participação social mais efetiva. O poder público pode estar condenando uma geração de crianças americanenses a não ter perspectivas de futuro. Com isso, Americana inteira perde.
